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Saiba tudo sobre a "Febre Amarela"

Publicado em: 12/01/2018
Saiba tudo sobre a "Febre Amarela"

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores, e possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. A doença tem importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti.

Transmissão
O vírus da febre amarela é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados. A doença não é passada de pessoa a pessoa. A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da doença.

Há dois diferentes ciclos epidemiológicos de transmissão, o silvestre e o urbano. Mas a doença tem as mesmas características sob o ponto de vista etiológico, clínico, imunológico e fisiopatológico. No ciclo silvestre da febre amarela, os primatas não humanos (macacos) são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus e os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina. Nesse ciclo, o homem participa como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata. No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados.

A pessoa apresenta os sintomas iniciais 3 a 6 dias após ter sido infectada.

Sintomas
Os sintomas iniciais da febre amarela incluem o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. A maioria das pessoas melhora após estes sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% apresentam um breve período de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença.

Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal) e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem doença grave podem morrer.

Depois de identificar alguns desses sintomas, procure um médico na unidade de saúde mais próxima e informe sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas, e se você observou mortandade de macacos próximo aos lugares que você visitou. Informe, ainda, se você tomou a vacina contra a febre amarela, e a data.

Diagnóstico
Somente um médico é capaz de diagnosticar e tratar corretamente a doença.

Tratamento
O tratamento é apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para reduzir as complicações e o risco de óbito. Medicamentos salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), já que o uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas. O médico deve estar alerta para quaisquer indicações de um agravamento do quadro clínico.

Prevenção
O Sistema Único de Saúde oferta vacina contra febre amarela para a população. Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Toda pessoa que reside em Áreas com Recomendação da Vacina contra febre amarela e pessoas que vão viajar para essas áreas deve se imunizar.

A vacinação para febre amarela é ofertada na rotina dos municípios com recomendação de vacinação nos seguintes estados: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Maranhão, Piauí, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Além das áreas com recomendação, neste momento, também está sendo vacinada a população do Espírito Santo.

Áreas de risco
Locais que têm matas e rios, onde o vírus e seus hospedeiros e vetores ocorrem naturalmente, são consideradas como áreas de risco. No Brasil, no entanto, a vacinação é recomendada para as pessoas a partir de 9 meses de idade (ver “Orientações para vacinação”) que residem ou se deslocam para os municípios que compõem a Área Com Recomendação de Vacina.

 

O que é a febre amarela silvestre (FAS)?
Febre amarela silvestre é um termo que se refere ao ciclo de transmissão da doença, que se caracteriza pelos atores que participam da transmissão, sendo eles os primatas não humanos PNH (macacos), tendo os mosquitos silvestres como transmissores (vetores). O termo é útil para diferir a Febre Amarela Urbana (FAU), circunstâncias em que os atores da transmissão se modificam com a participação do homem como hospedeiro principal e os mosquitos de hábitos urbanos como principais vetores na transmissão, como o Aedes aegypti. Essa forma de transmissão não é registrada no Brasil desde 1942, embora permaneça como importante ameaça ainda nos dias de hoje.

Como a doença é transmitida? 
A febre amarela silvestre é transmitida pela picada de mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem predominantemente em áreas silvestres e de matas. Ao picar um macaco doente, o mosquito adquire o vírus e, depois de alguns dias, passa a ser capaz de transmitir a febre amarela a outros macacos ou humanos.

Como a doença pode ser evitada? 
A melhor forma de evitar é por meio da vacinação. A vacina está disponível durante todo o ano nas unidades de saúde e deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco, principalmente, para os indivíduos que são vacinados pela primeira vez.

Que lugares constituem áreas de risco? 
No Brasil, a vacinação é recomendada para as pessoas que residem ou que se deslocam para os municípios que compõem a Área Com Recomendação de Vacinação. No entanto, as áreas consideradas de maior risco de exposição são os locais de matas, florestas, rios, cachoeiras, parques e o meio rural que, em geral, abriga vírus, hospedeiros e vetores naturalmente, aumentado o risco de exposição ao ciclo natural da doença.

Que época do ano a doença é mais comumente registrada? 
A série histórica da doença no Brasil tem demonstrado maior frequência de ocorrência de casos humanos nos meses de dezembro e maio, como um padrão sazonal. Esse fato ocorre principalmente no verão, quando a temperatura média aumenta na estação das chuvas, favorecendo a reprodução e proliferação de mosquitos (vetores) e, por consequência o potencial de circulação do vírus.

Em que horário do dia há maior risco de ser picado pelo mosquito vetor? 
Os vetores silvestres têm hábito diurno, realizando o repasto sanguíneo durante as horas mais quentes do dia, sendo os vetores dos gêneros Haemagogus e Sabethes, geralmente, mais ativos entre as 9h e 16h da tarde.

Qualquer pessoa está em risco de contrair febre amarela silvestre? 
Sim. Qualquer pessoa não vacinada, independentemente da idade ou sexo, que se exponha em áreas de risco e/ou com recomendação de vacina.

Quanto tempo leva para que a doença se torne aparente? 
O período de incubação é, geralmente, de três a seis dias após o contato com o vírus. Em situações esporádicas esse tempo pode ser maior com até 10 a 15 dias.

Quais os sintomas da doença?                        
Os sintomas iniciais da febre amarela incluem o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. A maioria das pessoas melhora após os sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% dos casos apresenta um breve período de melhora dos sintomas e, então, desenvolvem uma nova fase mais grave da doença. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal) e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20-50% das pessoas que desenvolvem a forma grave da doença podem morrer.

O que você deve fazer se apresentar os sintomas? 
Depois de identificar sintomas em pessoas com histórico de exposição compatível com a febre amarela silvestre, deve-se procurar um médico na unidade de saúde mais próxima e informar sobre qualquer viagem ou atividade de risco em até 15 antes do início dos sintomas. A observação da morte de macacos assim como a picadas de mosquitos nos lugares de exposição devem ser informados ao médico e enfermeiros assim como sobre o histórico do uso (ou não) da vacina contra a febre amarela.

Como a febre amarela silvestre é tratada? 
Não há tratamento específico contra a doença. O médico deve tratar os sintomas, como dores no corpo e cabeça, com analgésicos e antitérmicos. Salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), pois o uso pode favorecer manifestações hemorrágicas. O médico deve estar alerta para quaisquer indicações de agravamento do quadro clínico.

Qual é a diferença entre a febre amarela silvestre (FAS) e febre amarela urbana (FAU)? 
Febre Amarela Silvestre ocorre nas matas e os principais atores desse ciclo de transmissão são os mosquitos silvestres dos gêneros Haemagogus e Sabethes que contraem o vírus dos macacos e os transmitem à hospedeiros susceptíveis. Já na febre amarela urbana, mudam os atores do ciclo de transmissão e o homem passa a ser o hospedeiro principal, sendo o Aedes aegypti, o principal vetor. A diferença entre elas (FAS e FAU) é o vetor e o hospedeiro principal. Na cidade a doença é mantida num ciclo de transmissão entre o homem e o Aedes aegypti, como ocorre na dengue. Desde 1942, o Brasil não registra casos de febre amarela de transmissão urbana.

A febre amarela silvestre é contagiosa? 
A doença não é contagiosa, ou seja, não há transmissão de pessoa a pessoa e de animais à pessoas. É transmitida somente pela picada de mosquitos infectados com o vírus da febre amarela.

Onde posso obter mais informações sobre a febre amarela? 
Mais informações sobre a doença podem ser obtidas nas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde de todo o país, e no Ministério da Saúde.

 

 

 

Fonte: MINISTÉRIO DA SAÚDE - BRASIL